segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A talha de água da restauração


Foto: Diógenis Santos

- Volte a todos os lugares onde você morou e restaure o seu relacionamento com todas as pessoas que eu colocar em seu caminho. Isso inclui especialmente todos de sua família.
A primeira vez que ouvi essas palavras em meu espírito, pensei: Sei que não pode ser o Senhor! Expulsei todos os espíritos que pensei estarem tentando me enganar. Mas ouvi as mesmas palavras em meu coração novamente:
- Vá e restaure.
Quando crescemos num ambiente que diz que nada deve deixar-nos “desconfortáveis”, a idéia (e principalmente o ato) de “restaurar” não é um conceito atraente. Porém, é o melhor caminho para ganhar a liberdade das ofensas passadas e construir cercas para nós mesmos ao redor de nossas áreas de fraqueza.
Durante o ano que passamos no escritório do ministério, em Denver, tivemos bastante tempo para permitir que o Espírito de Deus enchesse nossas “talhas de água” até a borda e posso lembrar-me de ter pensado: Deve estar chegando ao topo. Foi então que o Senhor desafiou-me a dar esse passo mais à frente, de obediência, com a ordem de voltarmos às cidades onde eu havia cometido pecado e restaurarmos. Até então, nenhum dos membros de nossas famílias sabiam a razão pela qual havíamos deixado as igrejas que pastoreamos (a não ser tendo como explicação a desculpa esfarrapada de que “o Senhor nos havia guiado”).
Voltar e enfrentá-los seria o maior desafio de todos. Sentimos em nossos corações que Deus sabia o que estava fazendo e que o Seu caminho era, indiscutivelmente, o melhor de todos – embora só o fato de pensar me ferisse muito. Estávamos aprendendo que a dor produzida por Ele resulta em vida abundante, enquanto a dor que nós produzimos (que pode não parecer tão prejudicial no momento) termina em morte.
Quando voltamos ao nosso país e às cidades para realizar a restauração, ficamos admirados pela forma graciosa como fomos recebidos por nossa família, amigos, colegas e membros da congregação. Pela primeira vez fui capaz de dizer a verdadeira razão pela qual havíamos saído dali; e ao tomar pessoalmente o peso de toda a culpa e responsabilidade de minhas ações, permiti que aqueles amigos e membros da família liberassem as ofensas que eles haviam guardado contra as pessoas que eles achavam ter nos machucado sem razão.
A talha de água da transparência

Nenhum comentário:

Postar um comentário