quinta-feira, 25 de junho de 2009

A chance de perdoar

Camocim-CE
Foto: Diógenis Santos

Enquanto leia ouça o vídeo:

Deixa meu rio - (Koinonia) http://www.youtube.com/watch?v=ecvM_op8f20


Fielmente, o Espírito Santo começou a ministrar em meu espírito. Começou com a pergunta:
- Você deseja que esse casamento continue? Como sempre. Ele tinha ido ao ponto principal da questão.
Bom, eu sabia que realmente amava Neil e eu queria que toda essa bagunça acabasse, mas como perdoá-lo por tudo o que tinha feito a mim? Havia dias em que eu o odiava pelo que ele havia feito comigo. Eu queria que ele nunca mais me tocasse ou me visse nua. Eu evitava todo o tipo de contato físico direto com ele e a nossa limitada comunicação verbal era carregada de um tom inflamado.
Com a confissão de seu adultério, eu tinha em minhas mãos um poder sobre ele; e sentia que se o perdoasse imediatamente, perderia esse poder e ele novamente voltaria a dominar-me. Foi uma verdadeira luta para eu me desvencilhar desse pensamente e perdoar.
Mas o Espírito Santo conhecia o meu coração e continuou a falar comigo. Ele não estava interessado em fazer-me feliz. Mais importante do que isso, Ele queria que eu fosse curada.
- Perdoe seu marido, dizia o Espírito Santo de forma doce, porém persistente.
Todos os versículos sobre perdão que eu tinha decorado quando criança, na Escola Dominical voltavam a minha mente. Esses princípios haviam sido reforçados durante os anos de Escola Dominical. Eu cria neles e sabia em meu coração que, no final, eu teria que tomar uma decisão. Naquele momento, entretanto, minhas emoções estavam descontroladas.
Neil tinha agido corretamente confessando o seu erro. Esse é o primeiro passo em direção à cura. Através daquela atitude, ele estava pedindo ajuda, desejando livrar-se de sua armadilha. Então, eu tinha que fazer a coisa certa e perdoá-lo.
Talvez, Neil não tenha feito da melhor maneira. Ele havia soltado a sua confissão sem um preparo de oração e sem esperar o tempo do Espírito Santo. Ele não aproveitou a oportunidade para orarmos juntos, ou para buscarmos a face do Senhor juntos antes de começar a confissão. Ele simplesmente abriu as comportas e eu fui pega pela correnteza. Mesmo tendo sobrevivido ao choque inicial, eu ainda sentia-me despedaçada com o bombardeio.
No momento, porém, a responsabilidade estava em minhas mãos, e cabia a mim decidir o que fazer. Eu tinha ouvido alguém dizer que a falta de perdão era como pegar uma brasa de uma fogueira e atirar naquele que nos feriu. O único que se queima é você! A chama de raiva dentro de mim parecia ser a única arma que eu tinha no momento. Neil não sabia como reagir a ela; assim eu mantinha distância. Pouco a pouco, comecei a perceber que minha raiva também me isolava do Senhor. Lá no fundo do meu coração eu sabia que o Espírito Santo estava certo. Eu tinha que perdoar meu marido ou aquela raiva e ressentimento acabariam com a minha existência espiritual.
Ajoelhei-me e, da melhor forma que pude, fiz uma oração perdoando tanto Neil como a outra mulher. Ao levantar-me, ao invés de sentir-me aliviada como esperava, eu ainda estava cheia de pensamentos de ira. Sentia ódio deles e desejava que algo ruim lhes acontecesse. Creio que tentei perdoar-lhes muitas vezes nas semanas seguintes, mas o resultado era sempre o mesmo. A raiva e o ressentimento ainda envenenavam o meu coração.

A seguir:
O divórcio é recomendado

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