sábado, 27 de junho de 2009

Uma raiz de amargura

Foto: Diógenis Santos

O tempo que eu gastei com a falta de perdão e com o ressentimento abriu a porta para outro problema. Eu tinha permitido que a semente de amargura caísse no solo e germinasse. Eu não tinha consciência desse fato até uma noite em que eu estava na cama de costas para Neil e o Espírito falou a mim:
- A salvação para o seu casamento está em suas mãos, depende do seu desejo em arrancar essa raiz de amargura.
Pensei, então, no ensinamento de Hebreus:
"Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando diligentemente por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe e, por meio dela, muitos sejam contaminados". Heb. 12:14-15
Quando uma raiz é pequena, é fácil arrancá-la. Porém, quanto mais comprida ela fica, mais difícil é arrancá-la. Eu sabia que se recusasse lidar com a amargura em meu coração, ela cresceria e invadiria cada área de minha vida, afetando a mim, as crianças e a todos com quem eu mantivesse contato. A amargura esmagaria qualquer sentimento que tivesse restado entre mim e Neil tornaria a reconciliação algo impossível.
Eu estivera junto de pessoas amarguradas antes e sabia que não era uma experiência agradável. Após ficar na presença delas por alguns minutos, eu sempre sentia-me suja e contaminada. Parecia que aquelas pessoas tinham uma forma de espalhar o seu ressentimento em cada conversa. Eu sabia em meu coração que possuía todo o potencial para tornar-me igual àquelas pessoas e aquele pensamento me assustava.
Eu desejava realmente lidar com aquele sentimento no momento? Sabia que não queria a amargura, mas não tinha a certeza de estar pronta para desistir do meu poder sobre Neil. Poderia ignorar a ofensa cometida contra mim? Nos últimos tempos, eu percebera que a amargura iria manter-me aprisionada, sem alívio, marcada para sempre por algo que havia acontecido no passado. Finalmente, sabendo que qualquer outra atitude apenas traria mais dor, abri o meu coração para o Senhor e derramei toda a minha dor e amargura aos pés da cruz. Completamente mergulhada em uma maravilhosa paz que veio sobre mim, pensei, Bom isso é o final de tudo. Agora, talvez eu possa dormir um pouco.
A seguir:
A jornada mais longa

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