terça-feira, 19 de maio de 2009

CAPÍTULO 1 - Exoneração

Fugi da impureza! Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer, é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. 1 Cor. 6:18

NEIL: Aquele domingo de manhã, após ter confessado o meu pecado de adultério para minha esposa, era a minha vez de pregar. Pela primeira vez, em cinco anos, respirei fundo e declarei honestamente d púlpito:
- Não há absolutamente nada escondido entre minha mulher e eu. Nós somos totalmente transparentes um com o outro.
Todos na congregação ergueram suas vozes em um forte “Amém!”. Todos, exceto a “outra”. Ela ficou sentada me encarando do seu assento com um olhar incrédulo em seu rosto, revelando qualquer tentativa de esconder o que estava pensando. “Eu não posso acreditar no que estou ouvindo!” seus olhos saltavam gritando para mim. Logo sua surpresa inicial deu lugar ao descrédito e então foi substituída por um olhar pétreo. Podia imaginar os pensamentos que fervilhavam em seu coração e mente naquele momento. Será que ele contou mesmo para sua mulher? Como pode ser tão tolo?
Era surpreendente como o nosso vil segredinho mantivera-se escondido por cinco longos anos. Tinha vindo à luz em um momento de confissão, de coração partido, a minha mulher. Eu não podia mais suportar a dor e a vergonha, embora naquele momento eu enfrentasse uma outra aflição ao imaginar o que me esperava com a reação da outra mulher.
Não tive que esperar muito pelo inevitável confronto. Mao o culto havia terminado, ela cercou-me no salão de entra e, diretamente e sem rodeios, perguntou-me:
- Você contou para a Noline sobre nós?
- Sim, repliquei.
- Você contou tudo?
- Sim!

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