terça-feira, 19 de maio de 2009

Prefácio ...continuando

A questão não é ser ungido. A escritura declara: “porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” Rom. 11:29. Deus unge seus vasos para o bem daqueles que recebem o ministério e não para provar o valor do ministro. Se uma unção só estivesse presente na ausência do pecado, então qualquer tipo de pecado impediria a unção na vida de um ministro. Qualquer ministro que tenha tido uma discussão no caminho para a igreja antes de pregar, pode ficar tranqüilo. A presença da unção simplesmente indica que Deus deseja ministrar outros através do vaso escolhido por Ele.

A questão principal não é se Deus pode perdoar o adultério e restaurar homens e mulheres para o ministério. A questão principal é: como podemos desenvolver o caráter divino nos corações e nas vidas dos servos de Deus para impedi-los de caírem, novamente, no futuro. Neil Rhodes é um grande exemplo de um líder que continuou escondendo o pecado por anos, pensando que poderia continuar ministrando com grande unção e que o pecado não prejudicaria o seu ministério. Não há dúvida de que muitas pessoas foram abençoadas pelo Senhor através dele durante aqueles anos. Infelizmente, o câncer do pecado continuou seu trabalho no coração e na alma de Neil, envenenando pessoas ao seu redor.

Os líderes que tenham caído em pecado não precisam de condenação ou castigo. Eles precisam da disciplina amorosa que os treinará e os modelará novamente nas áreas do caráter que se encontram carentes. No entanto, para que isso aconteça, o líder precisa ser totalmente sincero e humilde em relação a estas áreas, não mais se escondendo atrás da unção recebida.

Isto geralmente é difícil de se fazer quando ele ou ela está lutando pela sobrevivência do casamento e da família. O pecado opõe-se a primeira tentativa de relacionamento, mas quando a família inteira fica “entregue às cobras” como parte do processo de “disciplina”, poucos casamentos conseguem suportar as destruições que se seguem. Muitos líderes são forçados a procurarem um emprego secular, para o qual não estão preparados. Isto sempre os leva a ter baixos salários, consequentemente, às crises financeiras no lar. Os casais são levados a procurar aconselhamento, mas geralmente acabam não procurando ninguém devia aos gastos. Em pouco tempo, o relacionamento já enfraquecido começa a ruir ante às pressões extras. Isto, acrescido do sentimento de ter fracassado com homens e com Deus, é o suficiente para levar mesmo os relacionamentos mais profundos a um final.

Estamos convencidos de que a chave para a restauração de uma liderança caída é a disciplina em amor, que exige a prestação de contas diariamente dos velhos hábitos e padrões e ao mesmo tempo, a demonstração do nosso amor incondicional, dando-lhe esperança e objetivo. Para que um líder se submeta a essa disciplina, deve haver quebrantamento e desejo de admitir que precisa de um treinamento de caráter. O simples remorso por ter sido pego em pecado não é suficiente.

Neil e Noline são belos exemplos de vidas separadas e enganadas pelo pecado, mas restauradas pelo amor poderoso e pela disciplina de Jesus Cristo. Oramos para que este livro possa dar esperança e visão a milhões de outros líderes que estão impotentes, por crerem que Deus rompeu relacionamento com eles. Se a Igreja deseja triunfar sobre o pecado na vida de nossos líderes, é necessário que haja restauração em suas vidas e nas suas famílias através do discipulado amoroso e sistemático que cura primeiramente o indivíduo, depois o casal e, então, a família. O processo de restauração não se acaba até que todas essas partes sejam curadas.

Deus abençoe vocês e sua família hoje!
Mike e Marilyn Philipps

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