sexta-feira, 22 de maio de 2009

Meu engano é descoberto

As coisas pareciam caminhar bem naquela manhã e senti que eu havia sido bem sucedido. Afinal de contas, conseguira manter grande parte de minha imagem profissional intacta. Quando a congregação ouviu que estaríamos sendo despedidos de nosso serviço pastoral, devido a “um abraço não muito santo”, a maioria levantou-se em nossa defesa. Que injustiça! Quantas pessoas já não fizeram coisas parecidas? Minha carne gloriou-se naquele momento! A abordagem do homem honesto, porém imperfeito havia aparentemente salvado a minha reputação.
Eu retratara bem o incidente de forma precisa? Sim e não. O que eu dissera era verdade, mas não toda a verdade. Eu simplesmente encobrira os meus atos de adultério no passado e os cinco anos que gastara justificando e escondendo meu pecado. Eu pensei que pudesse lidar com ele e encobri-lo, mas Jesus estabeleceu um padrão muito mais elevado:
Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela. Mat. 5: 27-28
Eu ainda tinha o pecado em meu coração no momento do abraço e provavelmente teria ido para a cama com a mulher novamente (cinco anos depois do nosso caso ter terminado) se ela não tivesse resistido as minhas investidas naquele dia.
Eu errei ao ignorar as instruções do pastor principal. Deveria ter confessado como realmente agira de forma suja. Eu não era culpado apenas pelo adultério mas também pelo pecado contínuo da auto-justificação. No momento, eu não conseguia aceitar a minha culpa e, como resultado, era incapaz de me arrepender e procurar o perdão de que desesperadamente carecia. O auto-engano e a minha habilidade excepcional e vestir rapidamente as correspondentes máscaras para cada situação impediram-me de ser coerente com a Palavra de Deus. Eu iria precisar de ajuda de outros para reconhecer esta cegueira em minha vida.
Consumido pela minha obsessão de esconder as minhas fraquezas e o meu pecado a qualquer custo, fiquei magoado como o pastor principal e com os presbíteros e continuei a justificar-me ao mesmo tempo em que me ressentia com eles. Era uma reação de defesa para evitar que minha carne sofresse. Não sei quem disse isso, mas há um grande provérbio que descreve o meu destino e a minha insensatez: “Deus não quer ferir o nosso orgulho. Ele quer matá-lo”. Minha carne estava lutando para permanecer viva e Deus estava dizendo-me para crucificá-la de uma vez por todas.

O fim do meu ministério...

O pastor e os presbíteros ficaram tão decepcionados com aquele culto que escreveram cartas e telefonaram para todos os membros convocado-os para uma outra reunião na próxima quarta-feira à noite. Novamente fui chamado para estar à frente das pessoas, mas desta vez para o “golpe de misericórdia”. Fui instruído firmemente a dizer à congregação que eu havia mentido e precisava do perdão. Como se isto não bastasse, a liderança informou-me a seguir que, devido à minha falta de cooperação, eles eram forçados a revelar a verdade sobre o meu passado. Desta forma, minha parede de fraude e engano ruía ao meu redor. As pessoas que haviam me apoiado com empatia viam-me então como eu realmente era – um mentiroso e um adúltero. Eu estava exposto, descoberto e arrebentado.
Eu não sabia, naquele tempo, que aquilo era o começo da restauração, descrita pelo profeta Jeremias:
Olha que hoje te constituo sobre as nações, e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares, e também para edificares e para plantares. Jeremias 1:10
O ato de arrancar e de derribar estava concluído eo Senhor podia iniciar uma limpeza maior de seu vaso quebrado e corrompido. Só então o processo de r4eplantio e reconstrução podia acontecer. Eu tinha sido exonerado e naquele momento precisava ser restaurado.

Capítulo 2

Um Rebelde é salvo

Um comentário:

  1. Que legal Ginho!
    Deus realmente se importa conosco, creio que esse será mais um instrumento de despertamento, de comunhão e de restauração de alianças com o PAI!
    Parabéns pela iniciativa, vc e Gê sabem que Deus os comissionou para restaurar vidas e casamentos, creio que Ele já começou sua boa obra, e só vai parar quando for dia perfeito.
    Beijo cunhado.

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