quarta-feira, 22 de julho de 2009

NEIL:

Serra da Mesa-GO
Foto: Diógenis Santos

Em meio àquela difícil luta, de alguma forma, tornei-me convencido de que tudo estava relacionado ao meu pecado. Não posso dizer a você quantas vezes clamei para que Deus me perdoasse, e eu cria que havia sido perdoado mas, de alguma forma, eu não conseguia enfrentar o meu passado. Havia ocasiões em que sentia a unção de Deus para lidar com as coisas; mas no momento em que eu estava pronto a agir, o inimigo vinha e me ameaçava com os acontecimentos do passado, dizendo:
- Você não pode prosperar porque escondeu o pecado em sua vida.

Naqueles momentos eu recuava na posição defensiva e recebia cada golpe dirigido a mim. Ao receber tais golpes, de alguma forma eu achava que estava fazendo a minha parte para remediar a situação, sofrendo algum tipo de penalidade pelo erro que fizera.
Esse círculo vicioso não tinha fim e fez-me sentir um dos homens mais miseráveis. Sabia que a penalidade pelo meu pecado estava sob o sangue, mas mesmo assim não tinha descanso, sentindo que o pecado ainda me tinha pelo pescoço. Eu estava tão desesperado que, a um dado momento, até considerei acabar com minha própria vida para que minha família se libertasse da carga e da punição que eu estava trazendo sobre ela e sobre o Corpo de Cristo. Aqueles foram os momentos mais críticos de minha vida.
Nesse período, algo muito importante foi conquistado através de minha total humilhação. Eu tinha tempo de sobra para a introspecção e estava convencido da minha incapacidade para proporcionar a minha própria cura. Deus teria que fazê-lo e Ele o faria – de Sua forma, no Seu tempo. Eu estava, então, sujeito a Ele para o quebrantamento final em minha vida.
Durante esse período escuro de minha vida, uma idéia totalmente louca veio à minha cabeça, uma idéia que tinha sua raiz na continuidade do laço de alma. Sabia que o pastor principal, com que eu estava em atrito, considerava muito “a mulher extraterrestre”; assim, numa tentativa desesperada por algum tipo de vitória sobre ele, decidi fazer uma visita a ela. Em meio ao meu pensamento distorcido, coloquei a idéia na cabeça de que se ela demonstrasse preferir mais a mim do que a ele, de alguma forma estranha, eu iria triunfar. Assim que ficamos sozinhos, peguei-a em meus braços e a abracei. Ela empurrou-me dizendo que não deveríamos nos envolver mais e aceitei a recusa. Não havia mais contato romântico entre nós.
Os laços de alma possuem uma estranha dicotomia. Por um lado, pode não haver um relacionamento físico acontecendo, como no meu caso com “a mulher extraterrestre.” Mas, por outro lado, a amarra emocional entre as duas partes pode ser virtualmente eterna e muito forte. Hoje, sei que o único caminho para quebrar qualquer laço de alma com o sexo oposto – seja ele emocional, espiritual ou físico – é ser totalmente transparente com aquele mais próximo de você (seu cônjuge).
Noline e eu, normalmente, não mantínhamos nada escondido entre nós e hoje se aparecer qualquer atração explícita ou não pelo sexo oposto, nós imediatamente confessamos um ao outro, colocamos as coisas para fora e oramos sobre o assunto. Desta forma, ajudamos um ao outro a evitar pecados da carne que possam ganhar um forte poder sobre um indivíduo.
A seguir:

O vinho se acaba

quarta-feira, 15 de julho de 2009

De fato, eu não entendia o que estava experimentando.


Foto: Diógenis Santos
Vídeo Deus cuida de mim - Kleber Lucas
http://www.youtube.com/watch?v=f1UIaWhQA2U

NOLINE:

Neil e eu estávamos tendo dificuldades com o pastor principal e sua esposa, justamente as pessoas que havíamos convidado para juntarem-se a nós no trabalho. Ironicamente, parecia que eles não nos queriam mais na igreja. Neil estava tomando tudo isso como algo muito pessoal, assim comprometi-me a orar por ele e a perguntar ao Senhor se era desejo d’Ele que nós saíssemos. Em meus momentos devocionais matutinos, abri minha Bíblia em Isaías 53. Sabia que esse capítulo tinha a palavra profética relativa à crucificação de Cristo e achei estranho o Senhor dirigir-me a esta passagem para uma palavra em relação a Neil.
Se você alguma vez já teve um versículo saltando para você enquanto lê a Bíblia entenderá o que aconteceu comigo naquela manhã. As palavras que pareciam ter criado vida para mim eram:
Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos. Isaías 53:10
Foi isso que o Senhor falou para mim;
- O que está acontecendo com o Neil é obra de minhas mãos. Não se preocupe e deixe-me completar o que comecei nele.
Quando vi minha família passando por aqueles tempos difíceis, instintivamente queria levantar-me e lutar por eles. Era isso que estava sentindo naquele tempo por Neil. Queria levantar-me e lutar pelos direitos dele para trabalhar em nossa igreja. Mas o Senhor estava pedindo-me para não me intrometer. Eu via quão abatido e deprimido ele se sentia dia após dia e eu não podia fazer nada para ajudá-lo. Eu tive que simplesmente afastar-me e assistir ao massacre de meu marido. Com a pressão crescente do pastor principal sob Neil, tudo o que eu podia fazer era orar por ele continuamente. Dou graças a Deus por Sua palavra profética ter me preparado para aquela hora.
Hoje, olhando para aquela situação, posso ver como o Senhor usou o pastor principal como uma ferramenta, para quebrar a dureza do coração de meu marido. Era como assistir alguém fazendo uma cirurgia no coração de Neil sem dar anestesia. Ele estava numa dor terrível e eu queria salvá-lo desta provação horrível. Mas não podia. A palavra do Senhor tanto me restringiu como me confortou durante o processo. Ele me assegurava de que Neil sairia desta “cirurgia do coração” vivo e mudado.

NEIL:

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Conflito na igreja

Cocal da Estação-PI
Foto: Diógenis Santos
Após um tempo, um outro pastor e sua esposa juntaram-se a nós no trabalho. Achamos que aquele casal, que tinha sido amigo íntimo nosso por muitos anos, seria co-pastor ideal e nossos companheiros de ministério naquela igreja. Estávamos tão felizes com sua vinda que o fizemos pastor principal da igreja. Isso, no entanto, foi o começo de alguns tempos muito difíceis em meu ministério, pois ambos éramos tão parecidos que nos irritávamos um com o outro. Quando os problemas surgiam, fazíamos o melhor que podíamos para resolvê-los de forma que continuássemos pastoreando juntos facilmente, mas as coisas simplesmente pioravam. O que nenhum de nós percebia, naquele tempo, era que nossas dificuldades eram, na verdade, a mão de Deus respondendo às minhas súplicas por socorro.
Mas não era isso exatamente que eu tinha em mente. Eu imaginava Deus trabalhando de uma forma bem diferente, mas Ele sabe o que faz e sempre faz tudo certo. Minha escolha seria que Deus fizesse um milagre e removesse tanto o co-pastor como “a mulher extraterrestre”, mas Deus ia, ao contrário, nos retirar de lá. Quão maravilhosos são os caminhos d’Ele! O pastor amigo, que no momento parecia estar causando-me tanta chateação, seria a ferramenta de Deus para livrar-me do passado.
Jesus foi capaz de trabalhar com doze homens de temperamentos e profissões variados; e mesmo tendo opiniões diferentes, Ele era capaz de moldá-los em uma equipe viável. Muitas vezes, quando os líderes de igreja são incapazes de trabalhar suas diferenças é porque há pecado no meio. Jamais devemos pensar que o motivo seja a incapacidade do Espírito Santo em trazer a paz à situação.
Se as pessoas estiverem na defensiva ou se sentirem ameaçadas pela resolução de outros, isto pode ser indicação da presença do pecado. Nesse caso, eu era o problema e não conseguia enxergar isso. Estava convencido de que o outro pastor estava tentando tirar a igreja de nós e isso deixava-me furioso. Afinal de contas, nós estávamos lá primeiro e nós o havíamos convidado! Eu não pensava em outra coisa. Que motivo ele podia ter para tentar manter Noline e eu sob o seu controle? Eu estava lutando por minha vida e pelo meu ministério.
Hoje percebo que o Oleiro Mestre estava trabalhando em minha vida e O agradeço. Ele pode usar a ferramenta que quiser para o Seu trabalho maravilhoso. Eu sou o Seu barro sem valor:
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum: pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. ROM. 7:18-19

De fato, eu não entendia o que estava experimentando.

sábado, 11 de julho de 2009

Capítulo 8 – A continuidade do laço de alma

Foto: Diógenis Santos

Ora, Diná, filha que Lia dera à luz a Jacó, saiu para ver as filhas da terra. Viu-a Siquém, filho do heveu Hamor, que era príncipe daquela terra, e, tomando-a, a possuiu e assim a humilhou. Sua alma se apegou a Diná, filha de Jacó, e amou a jovem, e falou-lhe ao coração... Disse-lhes Hamor: A alma de meu filho Siquém está enamorada fortemente de vossa filha; peço-vos que lha deis por esposa. Gen. 34:1-3,8

NEIL:

Pouco se sabe sobre essa forte ligação espiritual invisível, normalmente denominada de “laço de alma”. Gênesis expressa isso nas seguintes palavras: “Sua alma se apegou a Diná”. Um “laço de alma” é uma união mística criada quando duas pessoas se unem em um ato sexual. O laço de alma foi criado por Deus como um presente para os casados, já que através do ato sexual (reservado por Deus para o casamento),
Ele pretendeu unir um homem e uma mulher em uma ligação tão poderosa que eles poderiam viver o resto de suas vidas juntos. Quando homens e mulheres têm relações sexuais fora do casamento, o laço de alma é criado de qualquer maneira. Assim, embora a moça e eu tivéssemos concordado em terminar o nosso relacionamento e decidíssemos mudar para outra cidade por propósitos ministeriais, aquilo não solucionou o problema porque aquele laço de alma, criado em nossos momentos de intimidade sexual, não poderia ser tão facilmente quebrado.
Eu estava muito feliz em mudar, pois isso nos levaria para longe daquele lugar e daquela mulher. Agora reconheço minha fraqueza sob esse aspecto, pois eu queria negar a mim mesmo qualquer oportunidade de recomeçar o relacionamento pecaminoso. Permanecendo ali, achei que seria perigoso para minha alma porque a mulher envolvida, a quem comecei a chamar de “a mulher extraterrestre”, tinha então se tornado amiga íntima de nossa família. Mesmo resoluto sobre o término de nosso relacionamento, ela ainda me atraía e se mantinha tão perto de nossa família quanto podia.
Depois de nos mudarmos, “a mulher extraterrestre” continuou a nos escrever, e, depois de um período sugeriu visitar-nos, o que fez viajando uma distância considerável. O nosso trabalho nessa nova cidade era novamente pastoral, como antes, mas havia uma responsabilidade a mais – uma escola cristã. Quando “a mulher extraterrestre” nos visitou, ela logo se entendeu tão bem com o diretor de nossa escola que ele ofereceu-lhe um emprego. Aquilo realmente me atormentou. Essa não! Pensei. Bem quando as coisas estavam ficando melhores, elas começam a ficar de mal a pior! Não havia nada que eu pudesse fazer; assim, ao invés de entrar em pânico, decidi encarar o que quer que acontecesse com uma determinação para, sob quaisquer circunstâncias, impedir que o passado me colocasse de volta no poder da escravidão. Essa determinação não seria fácil de ser mantida.
Quando um laço de alma escondido está em funcionamento, mesmo aquelas pessoas próximas à pessoa afetada geralmente não conseguem entender o comportamento estranho que presenciam. Sempre permanece como um mistério o fato de alguém poder ter tanto controle sobre a outra vida, embora o Espírito Santo o revele. Certa vez, quando “a mulher extraterrestre” estava em nossa casa, pediu que eu colocasse uma cadeira em um determinado lugar da sala de estar. Levantei-me imediatamente e coloquei a cadeira lá. À noite, Noline perguntou-me por que eu tinha deixado nossa amiga tratar-me daquele jeito, principalmente porque eu nunca faria aquilo por ela. O que eu poderia dizer? Estava preso em um relacionamento de laço de alma tão profundo com aquela mulher e não sabia como poderia algum dia livrar-me dele.
“A mulher extraterrestre” aceitou a oferta do diretor de minha escola e mudou-se para a cidade onde estávamos morando. Ela participava da nossa igreja e dava aula em nossa escola. Parecia que eu estava condenado a viver com meu passado pecaminoso que me confrontava a cada dia. No meio de tudo isso, no entanto, eu consegui manter-me sem ter qualquer contato físico com ela. Mas eu não tina a menor idéia de como quebrar o laço de alma ainda existente.
A seguir:
Conflito na igreja

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Qual era o meu problema?


O fardo
Foto: Diógenis Santos

Se eu achava que tinha perguntas não respondidas anteriormente, agora elas tinham se tornado uma verdadeira praga em minha mente e não me deixavam nem de dia nem de noite. Assuntos que eu tinha ouvido em certos lugares começaram a vir à tona em minha mente. Será que eu tinha um tipo de “maldição de geração” que tinha vindo através de minha família? Será que os “pecados escondidos” de meu pai ou dos pais dele chegaram até minha vida? Seria a minha luxúria um sintoma de “possessão demoníaca”? Poderia eu ser vítima da “transferência de espíritos”, quando um problema de luxúria compulsiva cairia sobre mim de outro líder espiritual com autoridade sobre mim? Se eu estava sofrendo algum tipo de influência demoníaca, com quem eu poderia conversar a respeito disso? E poderia um cristão ser possuído pelo demônio? Eu sabia que todas essas teorias eram extremamente polêmicas dentro da igreja e fiquei ponderando. Eu tinha muitas perguntas, mas poucas respostas.

Arrependimento ou remorso?

O meu arrependimento do primeiro pecado havia sido genuíno? Eu pensava que sim. Ou será que eu tinha apenas sentido-me culpado e envergonhado por ter sido descoberto? Será que eu tinha mesmo uma aversão sincera ao pecado? Ou, quando a penalidade do pecado era removida e as coisas pareciam fluir livremente de novo, era fácil esquecer-me de como havia sofrido na primeira vez e fazer tudo de novo? Algo estava errado e eu tinha que descobrir o que era.
Eu tinha bebido o segundo gole mortal. Agora teria de viver com as conseqüências.

A seguir:

Capítulo 8 – A continuidade do laço de alma

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O sonho

Foto: Diógenis Santos

Sonhei que estava andando no corredor de um hospital. Um pouco à frente havia um grupo de pessoas que eu conhecia (embora mais tarde não pudesse lembrar-me quem eram). Quando cheguei na porta de um quarto do hospital, tentaram impedir-me de entrar nele. De alguma forma eu sabia que Noline estava ali dentro e passei entre os amigos na porta e entrei. Fui para o lado esquerdo da cama. Uma enfermeira estava parada ao lado direito. O lençol estava sobre o rosto de Noline e quando o peguei para descobri-la, a enfermeira exclamou:
- Não! Não faça isso! Ela está morta!
Ignorando seu pedido, puxei o lençol para baixo e quando vi aquele rosto pálido, sem nenhum sangue, comecei a soluçar. Fui tomado por soluços tão violentos que atingiam o mais profundo de meu interior, tanto no sonho como fisicamente enquanto dormia. Senti como se alguém literalmente tivesse alcançado o meu ser interior e virado de dentro para fora!
No sonho, subitamente, peguei a mão de Noline, puxei seu corpo sem vida para a posição sentada e disse:
- Noline, em nome de Jesus, levanta e vive!
Naquele instante ela acordou de seu sono mortal e reviveu. Foi naquele ponto que meu sonho, de repente, acabou.
Imediatamente acordei e me pus em alerta e, no mesmo instante, estas palavras invadiram com força minha mente e pensamentos:
Estou matando o amor da minha esposa por mim com esse adultério!
Mais e mais vezes eu ouvia, martelando em minha mente as palavras:
- Estou matando o amor da minha esposa por mim com esse adultério!
Não descobri o significado total do sonho por mais quatro anos. Então, o Senhor revelou-me que aquela “dor interior” era o nosso relacionamento de “uma só carne” o qual eu estava matando. Daquele dia em diante, eu desejei pôr um fim em meu caso ilícito.
Quando o caso terminou, havia ainda tanta dor restante da última confissão de adultério que achei que trazer à tona um segundo caso seria loucura de minha parte. Eu aprendera, pelo caminho difícil, que a confissão sem a cura deixa a pessoa com o coração duro e uma descrença crítica. Isto pode levar a pessoa a achar que “nada adianta mesmo” e pode criar uma desconfiança tanto na habilidade de Deus quanto na de seus servos de trazer uma cura verdadeira e duradoura em sua vida.
Uma coisa era certa: eu era um “homem desventurado” e entendi muito bem todas as palavras do Apóstolo Paulo:
Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? ...De maneira que eu, de mim mesmo... sou escravo da lei do pecado. ROM. 7: 24-25
A seguir:
Qual era o meu problema?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Intimidade

Foto: Diógenis Santos

Vídeo: Sérgio Pimenta http://www.youtube.com/watch?v=TXd1Vrzy_w8

Encontrei-me ansiando pelo período de uma hora e meia em que voltaríamos de carro para casa depois do casamento. Enquanto íamos pelo interior na quietude da noite, ignorei todos os avisos interiores e manipulei a coisa de tal forma para sentar-me ao volante, com a garota ao meu lado. Então quando tive a certeza de que ninguém podia ver-me, peguei na mão dela. Sua resposta foi imediata e afirmativa. Ela segurou minha mão apertada nas suas.
Mais tarde naquela noite, começamos a agir de forma mais inconveniente e desde então aproveitávamos todas as oportunidades possíveis para encontrarmo-nos secretamente. Pouco tempo foi gasto para "conhecermos um ao outro" e logo pus minha mente e minhas paixões a bolar um plano para passarmos uma noite inteira juntos e consumarmos a nossa luxúria. Mais uma vez ignorei a voz de Deus para entregar-me intencionalmente aos desejos carnais.
Tiramos proveito do meu esquema de horários da faculdade para planejarmos o nosso tempo juntos. Decidi que diria a Noline que precisava estar fora por uns dias para estudar para as provas que estavam se aproximando. Dessa forma, poderia passar a noite na casa da moça. O Caminho foi traçado. Novamente, mentiras e enganos foram as ferramentas principais de minha traição e da auto destruição, e, elas funcionaram bem para mim.
Tenho a certeza de que cada leitor perguntará por que eu não aprendi a lição na primeira vez e eu me pergunto isso também. Eu me perguntava o que estava errado comigo. Eu pensava que havia me arrependido do meu pecado e que ele não iria se repetir. Não tinha colocado tudo sob o sangue de Jesus? Eu pensava que sim. O que estava acontecendo? Perguntas deste tipo fervilhavam em minha mente constantemente.
Este segundo gole mortal não era com certeza culpa de Deus. Ele tinha feito o melhor para manter-me longe da queda novamente, mas a minha carne recusou a cooperar, recusou aceitar o que eu sabia ser o melhor para mim na longa corrida. Eu só podia pensar nos momentos temporários de prazer que podia ter em segredo.
Este segundo caso, que ocorreu logo após o primeiro, não durou muito. Um dos fatores que mais contribuiu para seu final foi um sonho que tive. Nunca fora do tipo sonhador ou de grandes revelações. Elas precisam ser muito claras antes que eu diga que são de Deus, mas este sonho era real e claro; e até hoje, lembro-me de cada detalhe dele, como se tivesse acabado de tê-lo.

A seguir:
O sonho