sábado, 11 de julho de 2009

Capítulo 8 – A continuidade do laço de alma

Foto: Diógenis Santos

Ora, Diná, filha que Lia dera à luz a Jacó, saiu para ver as filhas da terra. Viu-a Siquém, filho do heveu Hamor, que era príncipe daquela terra, e, tomando-a, a possuiu e assim a humilhou. Sua alma se apegou a Diná, filha de Jacó, e amou a jovem, e falou-lhe ao coração... Disse-lhes Hamor: A alma de meu filho Siquém está enamorada fortemente de vossa filha; peço-vos que lha deis por esposa. Gen. 34:1-3,8

NEIL:

Pouco se sabe sobre essa forte ligação espiritual invisível, normalmente denominada de “laço de alma”. Gênesis expressa isso nas seguintes palavras: “Sua alma se apegou a Diná”. Um “laço de alma” é uma união mística criada quando duas pessoas se unem em um ato sexual. O laço de alma foi criado por Deus como um presente para os casados, já que através do ato sexual (reservado por Deus para o casamento),
Ele pretendeu unir um homem e uma mulher em uma ligação tão poderosa que eles poderiam viver o resto de suas vidas juntos. Quando homens e mulheres têm relações sexuais fora do casamento, o laço de alma é criado de qualquer maneira. Assim, embora a moça e eu tivéssemos concordado em terminar o nosso relacionamento e decidíssemos mudar para outra cidade por propósitos ministeriais, aquilo não solucionou o problema porque aquele laço de alma, criado em nossos momentos de intimidade sexual, não poderia ser tão facilmente quebrado.
Eu estava muito feliz em mudar, pois isso nos levaria para longe daquele lugar e daquela mulher. Agora reconheço minha fraqueza sob esse aspecto, pois eu queria negar a mim mesmo qualquer oportunidade de recomeçar o relacionamento pecaminoso. Permanecendo ali, achei que seria perigoso para minha alma porque a mulher envolvida, a quem comecei a chamar de “a mulher extraterrestre”, tinha então se tornado amiga íntima de nossa família. Mesmo resoluto sobre o término de nosso relacionamento, ela ainda me atraía e se mantinha tão perto de nossa família quanto podia.
Depois de nos mudarmos, “a mulher extraterrestre” continuou a nos escrever, e, depois de um período sugeriu visitar-nos, o que fez viajando uma distância considerável. O nosso trabalho nessa nova cidade era novamente pastoral, como antes, mas havia uma responsabilidade a mais – uma escola cristã. Quando “a mulher extraterrestre” nos visitou, ela logo se entendeu tão bem com o diretor de nossa escola que ele ofereceu-lhe um emprego. Aquilo realmente me atormentou. Essa não! Pensei. Bem quando as coisas estavam ficando melhores, elas começam a ficar de mal a pior! Não havia nada que eu pudesse fazer; assim, ao invés de entrar em pânico, decidi encarar o que quer que acontecesse com uma determinação para, sob quaisquer circunstâncias, impedir que o passado me colocasse de volta no poder da escravidão. Essa determinação não seria fácil de ser mantida.
Quando um laço de alma escondido está em funcionamento, mesmo aquelas pessoas próximas à pessoa afetada geralmente não conseguem entender o comportamento estranho que presenciam. Sempre permanece como um mistério o fato de alguém poder ter tanto controle sobre a outra vida, embora o Espírito Santo o revele. Certa vez, quando “a mulher extraterrestre” estava em nossa casa, pediu que eu colocasse uma cadeira em um determinado lugar da sala de estar. Levantei-me imediatamente e coloquei a cadeira lá. À noite, Noline perguntou-me por que eu tinha deixado nossa amiga tratar-me daquele jeito, principalmente porque eu nunca faria aquilo por ela. O que eu poderia dizer? Estava preso em um relacionamento de laço de alma tão profundo com aquela mulher e não sabia como poderia algum dia livrar-me dele.
“A mulher extraterrestre” aceitou a oferta do diretor de minha escola e mudou-se para a cidade onde estávamos morando. Ela participava da nossa igreja e dava aula em nossa escola. Parecia que eu estava condenado a viver com meu passado pecaminoso que me confrontava a cada dia. No meio de tudo isso, no entanto, eu consegui manter-me sem ter qualquer contato físico com ela. Mas eu não tina a menor idéia de como quebrar o laço de alma ainda existente.
A seguir:
Conflito na igreja

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