sábado, 1 de agosto de 2009

Por que você não confessa primeiro?


Foto: Diógenis Santos

De alguma forma eu senti que aquela era a minha chance de livrar-me da culpa que eu vinha suportando por tanto tempo e eu estava ansiando pela oportunidade de ficar sozinho com Noline para conversarmos. Pensei em testar primeiro perguntando para Noline:
- Você tem algum pecado escondido em sua vida que precisa confessar a mim e a Deus?
Na realidade, eu até desejava que ela respondesse sim. Se eu conseguisse encontrar um meio de demonstrar que eu não era o único pecador, talvez aquilo pudesse ajudar a justificar a minha culpa. Assim, se ela confessasse mesmo alguma coisa, seria muito, muito mais fácil para mim.
Para minha decepção, ela riu respondendo que não. E rapidamente passou a bola para mim quando falou:
- Mas, e você?
Eu pretendia confessar naquele momento, mas subitamente fiquei sem fala. Minha boca ficou seca e as palavras pareciam grudar em minha garganta.
- Não, respondi fracamente.
Agora, supostamente, estávamos em pé de igualdade já que cada um estava livre de seus pecados passados; mas, na realidade, meus pecados estavam apenas se amontoando.
Eu disse a mim mesmo que a mentira havia sido necessária devido às conseqüências e dores de minha primeira confissão de adultério. Eu não podia me esquecer da grande confusão que ela trouxera ao nosso casamento e relacionamento e quanto tempo demorou para superarmos. Eu simplesmente não podia fazer aquilo de novo. A verdade, no entanto, era que eu sabia o que precisava fazer, mas estava com muito medo de fazê-lo.
O fim de semana terminou sem nenhuma resolução para o meu dilema. Voltamos para casa e entrei em profunda agonia. Por várias vezes me recordei daqueles dias e pensei na oportunidade perdida de remediar as coisas. Várias vezes perguntei a mim mesmo a razão de não ter aberto o meu coração para aquelas pessoas maravilhosas que estavam lá para ajudar-nos.
- Pelo menos Mike e Marilyn me protegeriam contra a fúria mortal da Noline, dizia a mim mesmo, sarcasticamente.
Mas aquilo não era brincadeira. Eu realmente perdera uma grande oportunidade de libertar-me.
Quando já havíamos dado nosso quarto curso Casados para Sempre, crescia em mim um desejo muito forte de livrar-me de minha culpa. Pouco imaginava quão perto eu estava do maior encontro com Deus já experimentado desde o momento em que fora salvo e batizado no Espírito Santo.
A seguir:
Uma visita durante a noite

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